quinta-feira, 17 de abril de 2014

MARACUJÁ - A FLOR DA PAIXÃO DE CRISTO


  A FLOR DO MARACUJÁ
     Catulo da Paixão Cearense

Encontrando-me com um sertanejo
Perto de um pé de maracujá
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo 
Porque razão nasce roxa 
A flor do maracujá?
Ah, pois então eu lhi conto 
 A estória que ouvi contá
 A razão pro que nasci roxa 
 A flor do maracujá
Maracujá já foi branco
Eu posso inté lhe ajurá
Mais branco qui caridadi 
Mais brando do que o luá
Quando a flor brotava nele 
 Lá pros cunfim do sertão
Maracujá parecia 
Um ninho de argodão
Mais um dia, há muito tempo 
Num meis que inté num mi alembro 
Si foi maio, si foi junho
Si foi janero ou dezembro 
Nosso sinhô Jesus Cristo 
Foi condenado a morrer
Numa cruis crucificado 
Longe daqui como o quê
Pregaro cristo a martelo 
E ao vê tamanha crueza 
A natureza inteirinha
Pois-se a chorá di tristeza 
Chorava us campu 
As foia, as ribera 
Sabiá também chorava 
Nos gaio da laranjera 
E havia junto da cruis 
Um pé de maracujá
Carregadinho de flor
Aos pé de nosso sinhô
I o sangue de Jesus Cristo 
Sangui pisado de dô
Nus pé du maracujá 
Tingia todas as flor
Eis aqui seu moço
A estoria que eu vi contá
A razão proque nasce roxa 
A flor do maracujá.

O sofrimento de Jesus descrito por um médico

      
O sofrimento de Jesus descrito pelo médico Pierre Barbet.Seguir de forma pública  
Seguir de forma privada
Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. Para provocar o
"suar sangue" (hematidrose), é necessário fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção e por um grande medo. A tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura com suor e se concentra na pele.
A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Após as chibatadas, a pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. Na coroação são longos espinhos, mais duros que os da acácia, entrelaçados sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar.
Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos, com a cruz nas costas (cerca de 150kg). O corpo está totalmente debilitado e sem alimento há horas.
Retiram a túnica, que estava grudada às chagas, uma dor imaginável. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no o braço horizontal da cruz. Os pregos (20cm) são colocados sobre o pulso de jesus e com golpes certeiros de martelo os plantam e os rebatem sobre a madeira, logo após pregam-lhe os pés.
A lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego a cada vez que o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente e a cada solavanco vibrará despertando dores terríveis. Um suplício que durará horas.
Jesus tem sede. Não bebeu água desde a tarde anterior. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida de um líquido ácido em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.
Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltoides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam, os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis; em seguida aqueles músculos entre as costelas, os do pescoço e os respiratórios.

domingo, 3 de novembro de 2013

ECLESIASTES 12-14 (Versão dedicada a minha mãe)

  • Vive a juventude! - É dádiva do Senhor. 
  • Buscá-lo, é sabedoria e entendimento
  • A velhice chega num tom murmurador:
    - “Não encontrei na vida nenhum contentamento.”


  • Apagam-se a luz do sol e das lanternas
    Descem as nuvens de saudade e solidão.
  • A mente falha. Tremem os braços e as pernas,
  • E o corpo cansado, curvar-se-á ao chão.

  • Os moedores que enfeitam teu sorriso
    caem, e os alimentos perdem o paladar

    Teus argumentos tornam-se imprecisos
    E a névoa ofusca a luz do teu olhar.

  • Os sons se afastam... Não ouves quase nada.
    Os julgamentos entravam o adormecer .
  • Sutis barulhos te levantam à madrugada
    Ao som das aves, em pleno alvorecer.

    Apavoram-te os caminhos e ladeiras
    É incerto e rastejante o teu caminhar.
    Branco é teu cabelo qual flor de amendoeiras.
    Desvanece o desejo de amar e procriar.


    A casa e os amigos chorarão tua partida.
  • O cordão se romperá no último adeus.
  • Quebra-se o cântaro e rompe-se a vida.
  • Teu corpo volta a terra e o espírito a Deus.

  • E o pregador termina os ensinamentos
  • Mostrando ao homem a maior verdade
  • Ama a Deus. Guarda Seus Mandamentos
  • Tua obra virá a juízo -  O mais é pura vaidade!

  •          Jailda Galvão Aires - 02/11/2013
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

CREIO EM DEUS

Não creio
Na ciência
Na tecnologia
No homem
Creio na Inteligência Universal
Que fez o céu e a terra, com milhões de finitos
Que infinitamente se expandem.

Creio no Verbo
Que se fez carne
E pregou o amor
Entre leprosos e mendigos.

Não creio em mim,
Na minha palavra
No meu silêncio.
No meu ser que ora é fogo crepitante
Ora cinzas gélidas, inertes desbotadas.

Não creio nas trevas - o inverso da luz.
Nas montanhas calvas, feias, petrificadas
Como as entranhas do meu ser.
Não creio no espaço
Que distancia, dilata e estreita,
Que delineia diferentes formas
Nas retinas do olhar humano.

Não creio no movimento que tudo modifica.
Nas areias raivosas do deserto...
Nos mares impetuosos que quebram as espinhas das pedras...
Nos vulcões que cospem larvas incandescestes,
Como o monstro voraz da alma humana.

Creio em Deus
Porque não é matéria
Nem células, nem movimento.
Nem tempo, nem espaço.
É existência preexistente.
 
Creio somente em Deus
Porque é uno, indivisível, infinito.
Eterno e eternidade.
Porque sendo invisível é sentido.
Porque sendo pura essência
É mina inesgotável de amor!
Amor que se multiplica a cada partilha.    

               Jailda Galvão Aires 14/08/1973.


 

MARACUJÁ - A FLOR DA PAIXÃO DE CRISTO

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